Patricia Stanquevisch

Escrito em 03 de Junho de 2014 no Facebook.

Se eu soubesse desde muito cedo, quando já achava que ser arrogante me ajudaria a sobreviver, teria feito uma escolha diferente. Ser mais humilde.

Observaria mais as pessoas, apreciando o que elas tinham para dar. Sem juízo de valor, sem determinar o bom, o ruim. Pq de qualquer forma eu tinha o poder de transformar em mim o que era preciso. Pq transformar o outro é arrogância.

Gritaria menos. Brigaria menos. Teria zero ou quase nenhuma verdade absoluta, então, assim, não tentaria impor nada a ninguém. Seria mais humilde.

Que legal seria minha juventude se fosse menos arrogante. E a fase adulta seria, também, mais simples, menos egoica. Menos focada no que eu penso e mais dirigida para o que eu sinto.

Puxa… e, consequentemente, atrairia para minha vida pessoas menos arrogantes. Já que aprendemos com o espelho.

Mas me dou o bônus do tempo de aprendizado de cada um. Demorei, mas consegui. Não preciso mais sobreviver por ela. A arrogância não é mais uma muleta. Mesmo pq não preciso sobreviver, mas simplesmente viver. 

Me dispo dos conceitos. Chatos e manipuladores. Sem pretensão de ser politicamente correta, sem pretensão de ser evoluída, iluminada ou cheia de razões. Simplesmente me torno observadora de mim mesma e de como me relaciono com o que me rodeia. Nesta Matrix louca e cheia de testes diários ilusórios.

Se eu soubesse tudo isso desde muito cedo… mas não sabia. O que importa é que agora eu sei. Agora eu sei.

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