Patricia Stanquevisch

Escrito em 22 de abril de 2015 no facebook.

Estava aqui, desde ontem pensando nos Super Heróis… Eu, como mãe de moleques e moleca igual, adoro um filme da Marvel e cia… Homem de Ferro é meu preferido. Mas fiquei pensando se eles estão fazendo mesmo bem às pessoas…

Sim, os super heróis estão causando síndromes de super herói. A síndrome, diagnosticada por mim (não é ainda oficial da Organização Mundial de Saúde, pois ela ainda não é rentável) leva o “infectado” – não sei se síndrome é uma infecção, Flavia Galbiatti pode me ajudar a elaborar este termo melhor – a acreditar em algumas ilusões, tipo:

1. ele pode definir o que é certo ou errado para todo ser existente no planeta, independentemente da clara e divulgada notícia de que temos opção de escolha, sejam elas quais forem.

2. ele acha que recebeu o bastão tipo do Thor, como protetor legítimo de um grupo, uma verdade, uma pessoa, um espaço físico, um espaço virtual, isto é, do planeta todo, que seja.

3. (a parte que acho mais dolorida da síndrome) ele não percebe que o exterior é reflexo dele mesmo e que para os rivais, vilões, duendes verdes, e todos os “males” diversos do mundo “sumirem” e serem, assim, “derrotados”, ele precisa primeiro “curar” a tal síndrome, ter um compromisso com ele mesmo, percebendo-se num lugar empático e sem julgamento, nem dele próprio nem do outro…

Vejam bem… meu diagnóstico foi feito a partir de uma pesquisa profunda da minha própria síndrome de super heroina: eu era a Isis. Alguém lembra dela ? Uma população aqui não vai lembrar. Mas eu era ela. Bonita, alta, decidida, independente, inacessível aos corações masculinos, porém salvando todos do mundo horrível que estava lá fora. Um mundo cheio de injustiças, pessoas egoístas, que faziam escolhas desprezíveis. (Coloquei o vídeo para vcs me verem lá. 🙂 )

Tendo a síndrome, fui colocada em check, pelo Universo… muitas vezes.

Com surtos de dor, da vítima e do algoz. Hora eu era vítima, hora algoz. E descobri, a síndrome não tem cura neste mundo, nem para os iluminados.

Ela tem integração. Com o todo. Ela faz parte do “ego”. Mas ele se integra ao todo. E isso tem acontecido comigo. Não tem vacina. Dá um trabalho danado, pq tem que aprender primeiro a aceitar esta droga de síndrome como parte de vc e depois se observar e percebê-la dissolvendo no processo, que, pelo menos no meu caso, causa dor.

E, por isso eu gosto do Homem de Ferro. Ele tem o poder no coração. 

Sabe que é canalha de natureza (além de lindo) e faz disso o seu trunfo. Aceita ajudar o mundo a ser melhor, sim, mas só se isso fizer dele um ser melhor, principalmente na sua relação com a Pepper (sou romântica). 

Ninguém o obriga a aceitar uma verdade que não acenda aquela luz no meio do peito. E, mesmo assim, ele é profundamente humano. É o que todos somos. Ops… sendo “certos ou errados”.

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