Patricia Stanquevisch

19 de julho deste ano, escrevi para meu amigo Clímaco, dizendo que estava pronta para a Ayawaska. Eu sempre quis passar pela experiência, mas eu sabia que existia um tempo certo em mim. Além do tempo, também sentia de que iria com alguém em quem eu confiasse meu SER Físico. Esta pessoa sempre foi o Clímaco. Nossa conexão foi imediata, quando nos conhecemos. Daqueles encontros que não se explicam, só sabe que não é a primeira vez. 

Ele me respondeu de imediato que veria uma data. Me ligou alguns dias depois, dizendo que seria 17 de dezembro. Pensei eu que estava tão longe. Bem eu que não conseguia me programar com coisas deste mundo, assim com uma agenda tão distante. Mas ok. Coloquei o compromisso no meu google. 

E chegou. Na semana anterior, alguns procedimentos. Uma ficha para preencher, uma entrevista com uma das pessoas responsáveis pelo local e orientações prévias. Eu fiquei bem tranquila. Tenho evoluído na coisa de viver o momento, sem criar expectativas.

Chegou o dia, percebi que eu estava estranha. Acordei cedo, apesar de ter dormido pouco. Fiz dois bolos, apesar de não cozinhar nunca. Limpei a casa, como se fosse receber uma visita importante. Coloquei minha roupa branca e fui. 

No caminho, desenhei meu propósito para a experiência. “Eu pretendo acessar o que é necessário para assumir, cumprir, realizar meu propósito de alma, dissolvendo as ilusões.” 

No local, no horário marcado, encontrei pessoas arrumando o espaço. Com flores, uma imagem. Só observei. Mas estava um pouco mais ansiosa do que o normal. 

Quando começou, um dirigente explicou que aquele era o último encontro do ano e que seria um dos quatro únicos com devoção a São Miguel. É. Ele, Arcanjo Miguel, de novo na minha vida. Este artigo é sobre isso. O que é esta energia que me chama para os desafios com tanta clareza e força. Julho foi a data que falei com o Clímaco. Meses depois era um encontro devocional, de um grupo de ayawasqueiros, para Miguel. Não consigo achar que é coincidência. Não depois de tantos encontros. Os Montes na Europa, na Itália aquela coisa toda das sete Abadias. (Não conhece a história, dá uma lida no meu texto sobre.). No Monte Shasta, a conexão com a energia da força, poder e fé que ele emana por lá. Minhas canalizações diárias sobre os caminhos a seguir, e que são infalíveis.  Claro que ele havia organizado tudo para eu estar nesta experiência, neste dia. 

Vou contar como foi… Foi LINDO ! Não vou descrever o ritual, pois eu sei que isso é parte do que cada um precisa conhecer por si, mas como tudo aconteceu em mim depois de ingerir. Começou com uma luz. Tão imensa, forte e clara, que achei que o sol estava ali, em mim. Procurei a tal luz. De onde vinha, não achei. Mas era muito iluminado. Depois passei a me sentir incomodada. Como se estivesse presa naquele lugar. Precisava de ar, liberdade. (Ah Vá !! – Ser Livre é meu nome….) Saí do espaço e fui para um gramado. Ali pareceu que eu fiquei por horas. Me disseram que foram minutos. Via muitas imagens de geometria sagrada. De várias cores. Vi o universo. Eu lá no meio das estrelas, dos planetas e mais sei lá o que. Muitas imagens eu desconheço, mentalmente. Desenhos e desenhos geométricos. De repente me vi triste. Desesperada. Via meus filhos. Eu sendo a pior mãe do mundo. Porque fiz esta escolha de vida. Uma escolha de expandir e seguir estes insights que recebo do mundo invisível e do meu coração e que me faz uma pessoa tão diferente do que se espera de uma mãe.

Vou contar….  Foi DOLORIDO ! Muito. Era muita culpa. Eu brigava comigo mesma. Primeiro me sentia culpada por eles não terem uma mãe como as mães de amigos. Depois me acusava de estar de mimimi comigo mesma. E transitei entre a vítima e algoz da Patrícia. Me chamava de bebê chorona e nestas horas parecia que havia alguém da minha infância me falando isso: “pare de chorar, bebê chorona demais.”  Eu queria que tudo parasse. Fiquei com medo. Medo de ficar sozinha. Medo de me manter nestas escolhas e ficar abandonada por todos. E dos meus filhos me odiarem. Tudo girava muito em torno deles. Hora ou outra via alguém mais. Mas, o forte da coisa, foi com meus “bebês”. 

Eu compreendia o que estava acontecendo. Tinha momentos de presença, que eu sabia que era minha mente me trolando.  E quando consegui me centrar nos hinos que cantavam, as coisas mudaram de figura. Eu via minha mente me enrolando. E não briguei mais com ela. 

Foi mais Lindo ainda. Porque daí percebi o presente.  O presente de perceber a mente enganosa. E de viver a verdade. Sai do drama e comecei a ver além do que ela queria me apresentar. Me toquei de que eu conhecia os hinos, sem ler. Daí meio que pirei. Como poderia saber? Eu nunca fui neste lugar. Não conhecia nada do ritual. Daí eu ouvi uma voz serena me dizendo que eu conhecia porque eu era parte disso tudo. Que eu escrevi aquelas letras. E, só depois, entendi que sim. Se está no campo, se todos somos consciência e se estou conectada, sim, eu faço parte da construção destas letras. 

Cada momento mais potente para mim. Eu me via feliz, plena, consciência. Num momento em que entram as falanges, os seres que trabalham com Arcanjo Miguel. O que dizer ? UAU !! Eu senti a chegada no meu corpo, na minha alma. Sabia exatamente do que se tratava. É muito forte. Muita presença. E muito mais do que eu posso descrever. Foi quando eu me ajoelhei e só agradeci. Por ele ter me levado até lá. Pela luz na minha vida. Pelas escolhas que ele me apoia fazer. E só vi e senti amor. Olhava para as outras pessoas e via luz. Via o que cada uma era. E via outros seres em volta. 

Pense numa pessoa que já vê mediunicamente outros seres. Esta pessoa sou eu. Imagine agora isso potencializado pela erva. Só amor. Não há outra coisa que eu tenha visto. Porque o medo cedeu. A ilusão de perder os meninos ou de ser abandonada dissolveu. Eu só via a alma da Patrícia, inteira ali. Pronta para mais algum desafio. Era amor. Muito amor. Me sentia parte do planeta, como se eu fosse a grama. Como se eu fosse o tronco da árvore. Como seu eu fosse outras pessoas. Éramos todos UM. De verdade.

Meu amor por Miguel se consumou. Não tenho mais receio de falar desta energia que se apresente a mim há anos. Que me cuida e que está pronto a ensinar novos caminhos para mais gente. Coloquei-me à disposição de ser sua porta voz. E ri, ainda ajoelhada no chão, me lembrando que no passado eu brincava com amigas, de que eu só queria trocar o pneu na nave do Arcanjo, que para mim estaria ótimo, só por estar com ele. Ri porque parece que fui promovida. Quero falar das asas deste cara. Dos ensinamentos que ele me trás. Do que ele me mostra nos locais onde vou. Quero entender que energia é esta, pois tudo é energia. E ele também, assim como eu. Mas nos mostramos numa Forma. Quero ver mais.

Entendi mensagens que recebi no Monte Shasta. A próxima viagem para lá será no dia dele, em 2017. Eu sabia que era um ritual. Mas não sabia o que. Nesta comunidade da ayawaska, conheci um rapaz que mora na Califórnia, conhece o Monte e pessoas que pretende me apresentar para que eu realize o ritual que preciso. Vocês acham isso coincidência ? Qual a chance de conhecer alguém que more ao lado do Monte Shasta, de visita aqui no Brasil, assim deste jeito ? Isso é divino. É a mão divina me guiando. Sincronicidade ! Eu a sigo.

Compreendi, também, umas relações numéricas que tenho feito com os eventos que organizo. Coisa para desenvolver num outro momento. 

E a Patagônia !!! Ela apareceu bem no fim de tudo. O que preciso fazer lá. As forças do feminino e do masculino que coexistem em mim serão integradas naquele lugar. Reafirmadas as necessidades da nutrição e condicionamento físico para todos que queiram integrar. 

Miguel é partícula essencial da FONTE. Essencial por ser Amor. Amor sempre desconsiderado por nosso trolador mental. Eu me coloquei no lugar de Canal para que ele envie sistemas lógicos e claros para nossa transformação dimensional. Eu, antes, me fechava para transmitir o que me chega. Achava difícil compreender porque eu seria esta pessoa canalizadora. Hoje, contextualizei de que cada pessoa tem seu papel no planeta. E quando não estamos nele, o Todo perde a referência. Imagine como está uma zona este Todo. O quanto estamos, cada um, assumindo nossos papéis nesta história de RPG Humano ? E não importa qual o personagem, importa é assumirmos e sermos. 

Miguel me trazendo clareza e luz. Ele ilumina com a espada. Pensa que é só um tapinha nas costas ? Não. É um corte nas ilusões. Um fio dourado nas feridas, para cicatrizar o que a mente insiste em criar.

Isso tudo parece ainda ser sintoma da erva. Nada ! É consequência do uso dela. Ativou a pineal. Expansão, depois que eu entendi pelo coração e organizei pela mente. Já via muitas coisas, mas não as compreendia. Acessar este poder é um presente que todos temos direito. 

Fica aqui o chamado, que alguns pensam ser um convite. O chamado é para você SER. Para que o Amor inspire e a exclusão termine. 

Com Amor <3 

Patrícia Stanquevisch

(Amor, Vem comigo para a Patagônia)

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