Patricia Stanquevisch

Escrito em 14 de abril de 2015 no Facebook.

Estava pensando no vídeo Visionários do Caminho (link abaixo). E em qual contexto nos colocamos naquele propósito de sermos diferentes. 

Depois comecei a pensar em algumas coisas que ouvi semana passada, em Belo Horizonte, da boca de uma pessoa que não me conhecia, pelo menos não nesta vida. 

A primeira foi uma pergunta: Você é um pombo ?? – dei risada com a pergunta, mas ela era bem séria. E, realmente, não sou um pombo. Os pombos (pelo menos os que conheço) vivem de migalhas. Dependem da boa vontade das pessoas, nas praças e nas janelas, que jogam restos de pão, farelos, milhos, sei lá mais o que (nunca joguei nada para eles). Esta pergunta que parece uma pergunta boba, não foi prá mim, não. Foi séria. Pq, muitas vezes, eu me lembro de estar fantasiada de pombo. Não o pombo correio, mas o pombo de praça. Recebendo e aceitando migalhas de atenção, presença, carinho. Muito tempo sendo pombo. Fiquei bem tocada com esta constatação. Uma simples pergunta vinda de um homem que eu mal conhecia, mas que me olhou lá no fundo dos olhos e corajosamente me enfrentou… 🙂 Foi ótimo isso. Pq não sou pombo. Não mais. Mudei de praça. Fui para vôos mais altos, me envolvi com outros tipos de pássaros, com cores diversas, bicos diferentes, penas poderosas. Algumas ainda se portam como pessoas de praça e acham que eu posso me contentar com migalhas. E foi muito bom pensar nisso, também !! Estou com resquícios de pombo ? Opa… atenção, Patrícia. Não dá para viver com os pés divididos em dois paradigmas. Aprendi isso, há alguns meses. Você escolhe. E ok. 

Escolhas… viver na abundância ou na escassez, ser livre ou escravo, incluir ou excluir, ser espontâneo ou viver de máscaras, ser transparente ou nublado, controlar ou soltar, ser ou ter… Viver com medo ou com amor. Muitas escolhas. 

Aí vem a segunda coisa que esta pessoa me falou. Foi sobre meu poder. O que este poder significava e como assumi-lo iria reverberar em muitas outras coisas na minha vida. E nas escolhas.

Poder. Que poder é este ? Tem a ver com o vídeo. Poder de não se corromper pelo sistema que normatiza as pessoas. Que milita a favor de uma forma e de controle. Que favorece tudo o que não é pelo coração. O poder está em ir pelo coração (que não é emoção – prestatenção). 

Eu sofri a vida toda por ser “isso”. Não fui aceita por ser “assim”. “Pq você faz assim?, não faz assim?” – “O certo é ter uma casa para morar, um trabalho que te dê segurança. Pq vc abandonou um emprego tão maravilhoso, um salário assim?” – “Pq vc faz assim?” . E me senti mesmo um ET. Não havia um encaixe em nada. Mas eu não desisti nunca de ser eu – assim. Muitos, diversos, doloridos, frequentes embates sobre isso. Sobre eu ser “assim”. O que me tornava pombo, claro. Pq o pombo acabava achando, que por ser “assim”, não recebia o amor necessário dos que não eram “assim”. 

E acho que o que entendi é que, para não ser pombo, é preciso assumir de vez o poder. O poder do EU SOU e não se corromper pelo que acham ser normal, ideal, bem sucedido, numa forma, que não é a minha. Olhei para isso e vi que não era difícil. Pq pratiquei a vida toda. Só derrapei na fantasia de pombo, a qual deixei no Sambódromo, já há algum tempo. Então, agora é viver o que Eu Sou. De forma íntegra. 

E, no minuto em que olhei para isso e decidi assumir de vez, o Universo começou a agir, testando. Migalhas começaram a ser enviadas e rejeitadas. Posicionamentos solicitados e reafirmados. Propósitos novos de quebrar padrões apareceram e eu os abracei com muito amor (Sou livre para fazer as escolhas que eu quiser e assumo absolutamente as consequências delas). Pessoas que eu precisava encontrar ou reencontrar surgiram do nada, mas para me dizer coisas importantes para meus planos atuais. Situações que antes me assolariam, hoje (hoje mesmo) não causaram efeito. Pq não são parte do que Eu Sou. Parte disso é confiar em algo maior e na proteção que tenho. 

E agora…

Vou me mudar. De casa, não sei onde é. Sou assim. O universo vai me mandar até fim de maio deste ano. Não sei mesmo onde é.

Vou viajar, em junho. Para o Monte Shasta. Não sei como. Não existe ainda o dinheiro. Mas ele virá. Pq é o que eu tenho que fazer e quero fazer. 

Vou viajar, em julho. Para Findhorn, com o Destino Colaborativo. A cada dia o grupo está mais forte e potente. Unido, amoroso, dedicado. E o Universo gosta dele. E pq é meu propósito desenhado. 

E vou outras coisas mais… coisas sendo “gestadas”… Que foi a última coisa que esta pessoa me falou. “Não precipite as coisas. A gestação não é doença, mas precisa do tempo e cuidado certo.” E estou fazendo isso. Gestando alguns projetos e decisões a serem tomadas. Que tem tudo a ver com tudo isso. Com não ser pombo e SER EU.

Obrigada, pessoa que me falou estas 3 coisas que me marcaram… e mais uma infinidade de outras, no restante do tempo do nosso encontro, que não cabem nesta nota. <3 

Segue o vídeo: 

beijo a todos

Patrícia

“Só o coração pode amar. Quando o coração faz isso, não há razão”. (Sri Amma Bhagavan)

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