Patricia Stanquevisch

Quando fui para o Monte Shasta, em maio deste ano, levei muitas intenções de pessoas que se conectaram com a viagem, entendendo que aquele local é um campo de transformação. Muitas destas intenções envolviam questões do feminino. Desde então, tenho entrado em contato com o que significa em mim estas questões. Nunca acho que é só de uma pessoa, mas de um inconsciente coletivo.
Na minha singularidade, capto muito facilmente as dores e amores dos outros, o que intensifica minhas próprias experiências.
Comecei a estudar os padrões que nos colocam a mercê da dor. E fui levada à várias situações de contato com o masculino que é combatido em mim. E defino isso como ancestral. Vai além de pai e mãe. Parte de mil vidas em que nos encontramos nos mais diversos desafios entre homens e mulheres.
Este ano, em Findhorn, mais especialmente no Rio Findhorn, passei um bom tempo sentada dentro do “ventre” de uma árvore que chamamos de árvore avó. Ela está ali há muito tempo e tem um buraco na sua base acima das raízes, onde eu caibo perfeitamente. Fiquei ali, ouvindo a árvore avó. Sim, eu falo com árvores, pedras, animais. Ela me dizia que chegou a hora de alinharmos as duas posições na Terra. Que o feminino não precisa brigar por um lugar, pq ele já É, sempre FOI. Só precisa estar nele e assumir. Mas é preciso assumir. Ela me falou sobre a importância de buscarmos diminuir os confrontos e que eles acontecem por que nós mesmas ainda nos sentimos vulneráveis ao poder masculino. Segundo ela, é uma ilusão do inconsciente destas milhões de vidas que passamos submissas a um padrão. Já temos este poder é só assumir. Fazer acontecer, Sermos criativas. Se existe um sistema que nos exclui, hackearemos isso. Não precisamos provar nada para o masculino e nem eles nos dar permissão ou aceitação de estarmos no nosso lugar (lugar não é papel). Não há competição. Assumir a responsabilidade por nossas escolhas faz parte disso. Sim e não. Estar ou não estar. Muito potente isso. Eu só entendi na prática, as palavras da árvore avó.
Nestes estudos pedi uma carta ao Oráculo Código do Graal, que trabalha com a restauração do feminino. E veio esta carta, Perdão. Entrei em contato com isso e penso que há muito o que perdoar. Não pessoas. Não entendo o perdão assim. Mas as situações. E compreendê-las, integrá-las e dar um passo a frente. Não quero mais ficar na dimensão mental do pq as relações funcionam de forma X, Y ou Z. Mas subir pelo menos um degrau que me abra para o novo disso tudo. Isso me dá acolhimento. Pois diminui a carga de permissividade que posso ter tido na vida ou em todas elas. E alivia a necessidade de confronto. O perdão vem carregado de um nível sutil de aceitação do que a vida me apresenta. E confiança de que era aquilo que precisava ter acontecido.
Eu me sinto preparada para novos desafios neste sentido. Transcender os papéis me auto infringidos de filha, mãe, namorada, esposa. Foi um parto, mas nasceu. E toda vez que dou um salto quântico, sai alguma ruptura enorme junto.
E eu te pergunto…. se vc estivesse fora destes papéis, se conseguisse estar fora de qualquer papel, o que vc faria hoje ?
Eu sei o meu, mas não vou falar ainda até eu fazer acontecer. Mas pense nisso. Que loucura é tão insana que pode deixar vc escondida dos seus próprios movimentos interiores ? Nenhuma loucura é tão insana que possa fazer isso com alguém. Ninguém pode fazer isso com vc, só vc mesma. Então, abra suas asas ! 

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